O amor é tão leve, que não suporta o peso dos nossos desejos; e tão livre, que sucumbe sob as correntes que lhe tentamos impor. E, entretanto, é a força maior em nós. Do amor, nascem os nossos sorrisos mais felizes; e da tentativa de escravizá-lo à nossa vontade, brotam as lágrimas mais sentidas. O amor é, para a alma, como o ar é para o corpo. E, se é certo que dele necessitamos para viver, é igualmente certo que não o podemos reter em nossos pulmões. O amor é como as nuvens, que flutuam pelo ar, livres de nosso controle. E, entretanto, ornamentam o céu e fazem nascer a chuva, que fertiliza os campos. Ou como as estrelas e a lua, que não estão presas ao firmamento e, brilhando em liberdade, fazem a beleza da noite. O amor não absorve, completa. Eis que o Pai nos concedeu o livre-arbítrio, para que cada um de nós pudesse decidir o seu próprio destino. E talvez seja esta a expressão maior do Seu amor. É necessário que cada um ande o seu próprio caminho, para que o amor poss...