É com o pai no coração que temos força e coragem para ir para o mundo.

É com o pai no coração que temos força e coragem para ir para o mundo. Mas não propriamente na versão “mulher maravilha”, pois aí estás em movimento de compensação!

É sim uma força que te dá segurança, confiança e firmeza de ser quem és e se necessário, afirmares quem és e os teus limites. Com assertividade e leveza.

O pai representa o primeiro contacto com o masculino na nossa vida.

Como foi este primeiro contacto?

Sabes que tudo isso moldou a forma como vês e te relacionas com os homens? Vê-los como frágeis? Ausentes? Problemáticos?

E o masculino em ti? Muitas vezes por causa de uma dor em relação a este primeiro homem da nossa vida, entramos em movimentos compensatórios, em que passamos a estar totalmente identificadas com o masculino. E como isso tem uma raíz de dor, gera sintomas e não nos leva a um bom lugar.

Se tivemos um pai ausente física ou emocionalmente, ou até problemático, geralmente aliamo-nos à nossa mãe na missão de cuidar dela. Ou ainda, fazer justiça por ela. Como se disséssemos: “Nenhum homem vai voltar a maltratar-nos”.

E assim identificas-te com o masculino para “cobrir” o lugar do pai e dar conta de tudo.

Quando o masculino é utilizado de forma saudável e bem direcionado, é extremamente benéfico! Ajuda-nos a conquistar muitas coisas.

Contudo, viver no excesso, cansa-nos, enrijece-nos.

Nenhum excesso é bom. Não vamos saber parar, tornamo-nos workaholics, raivosas, exaustas, a nossa libido baixa, sofremos com insónias, ansiedade, com compulsão alimentar, dores no corpo e até problemas ginecológicos!

Eu sei que existem muitas histórias difíceis com o masculino, mas aqui refiro-me a um olhar interno para o nosso pai. Olhar para o que foi possível para ele, nem que seja “somente” a vida. Mas sim, esse pai existe e é uma parte de ti.

Só quando consegues reconhecer e integrar, vives verdadeira cura.

Independente do que aconteceu, espero que consigas chegar ao momento em que és capaz de sentir e dizer:

“Por onde eu for, eu tenho pai.”

Identificas-te com estes sinais?

Como foi/é a vossa relação?

Angela Costa