Duas amigas estavam a tomar um café e uma disse em tom de queixa: a minha mãe passa a vida a ligar-me para que a vá ver. - Padre Ricardo Esteves
Duas amigas estavam a tomar um café e uma disse em tom de queixa: a minha mãe passa a vida a ligar-me para que a vá ver.
Vou pouco e em certas ocasiões sinto que me aborrece. Já sabes como são os velhos, contam as mesmas coisas uma e outra vez.
E ainda por cima estou cheia de compromissos. A amiga disse-lhe: eu ao contrário de ti, falo muito com a minha mãe.
Cada vez que estou triste vou ter com ela; quando me sinto só ou tenho um problema e necessito de força, peço à minha mãe que me acuda e sinto-me melhor. Diz a outra: caramba… és melhor do que eu!
Não creias, diz a amiga. Sou igual, responde ela com tristeza. Visito a minha mãe no cemitério. Morreu há muito tempo, mas enquanto ela estava comigo, pensava o mesmo que tu. Não sabes quanta falta me faz e quantas saudades sinto dela.
Se de algo te serve a minha experiência, valoriza a presença da tua mãe e valoriza as suas virtudes, e trata de entender as suas fragilidades. Ela não quer apenas que a visites para que tu a vejas. As saudades são dela por ti, porque sempre serás o amor da vida dela. Lembra-te que desde que nasceste sempre estivestes ligadas no mais íntimo do ventre e do ser. Os vossos corações batiam ritmos diferentes mas batiam juntos.
Não esperes que seja tarde. Sabes, não esperes que ninguém na tua vida te faça falta para dares conta da sua importância. O valor que devemos dar às pessoas é agora, é hoje. E, o valor não é apenas estar com eles, mas respeitar as fragilidades, porque muitas dessas fragilidades da tua mãe são o desgaste de uma vida de amor dedicada a ti.
Não queria ver-te chorar de angústia no cemitério, nem de agonia, desespero e arrependimento… mas se chorares que seja um choro sorridente de saudade de quem soube amar no tempo dado e cuidar enquanto estavam juntas.
Pensa nisto…!!! Um dia muito feliz para todos com Deus no coração.
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