Jesus Cristo por Paramahansa Yogananda
Todos os grandes mestres da índia, que demonstraram agudo interesse pelo Ocidente, compreenderam muito bem as condições modernas.
No decurso de minha viagem pelo mundo, observei com tristeza muito sofrimento.
No Oriente, acentuado sofrimento no plano material.
No Ocidente, sobretudo, miséria mental e espiritual. Em todos os países repercutem os dolorosos efeitos de civilizações desequilibradas.
Os povos ocidentais, necessitam compreender com maior profundeza a base espiritual da vida, para a comunhão consciente do homem com Deus.
As Escrituras hindus ensinam que o homem é atraído para este planeta a fim de aprender, e aprender melhor em cada vida sucessiva, as infinitas variantes em que o Espírito Universal, que Seus filhos terrenos lutem por alcançar para o mundo uma civilização livre de fome, pobreza, doença e ignorância espiritual.
O esquecimento, pelo homem, de seus divinos recursos é resultado do uso incorreto de seu livre‑arbítrio e causa primeira de todas as outras formas de sofrimento.
As reformas internas conduzem naturalmente às externas. Um homem que se reformou a si mesmo, reformará milhares de outros.
Inspirando o homem em sua jornada ascendente.
Implorei fervorosamente ao Cristo para que me guiasse na apreensão do verdadeiro significado de suas palavras, muitas das quais têm sido gravemente desvirtuadas durante vinte séculos.
Uma noite, quando silenciosamente me entregava à prece.
Contemplei a forma resplandecente do abençoado Senhor Jesus.
Parecia um jovem de vinte e cinco anos, com barba esparsa; seu longo cabelo preto, repartido ao meio, apresentava um halo de ouro cintilante.
Seus olhos eram eternamente maravilhosos; enquanto eu os fitava, eles se alternavam infinitamente. A cada mudança divina em sua expressão, eu compreendia intuitivamente a sabedoria que eles transmitiam. Em seu olhar glorioso, senti o poder que sustém miríades de mundos.
Um Santo Graal apareceu‑lhe na boca; desceu aos meus lábios e, a seguir, voltou a Jesus. Alguns momentos depois, ele pronunciou palavras belíssimas, tão pessoais em sua natureza que eu as guardo em meu coração.
SÓ O AMOR IMPORTA!
Autobiografia de um yôgi.
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